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Foto do escritorPaulo Silva

Por que os motores do HONDA CIVIC são tão CONFIÁVEIS?

Atualizado: 25 de set.

honda civic g11

O Honda Civic é um dos veículos mais icônicos e respeitados no mercado automotivo brasileiro, e neste artigo, vamos falar sobre os diferentes motores que equipam o sedan médio nipônico e entender, porque o Civic continua sendo uma escolha de confiança para se ter na sua garagem.


Mas primeiro, vamos falar um pouco sobre a sua trajetória por aqui, que começou em 1992, quando o Civic chegou por meio de importação via Estados Unidos, já em sua quinta geração lá no Japão, com opção de motores 1.5 e 1.6, câmbio automático de 4 marchas ou manual de 5, em carrocerias hatch, sedan, cupê e até targa (lembrando que não vamos abordar detalhes sobre as versões esportivas do Civic neste momento, por merecerem um artigo dedicado futuramente).


honda civic g5

Esta geração permaneceu em linha até 1995, quando foi substituída pela sua sexta plataforma, que passou a ser montada aqui no Brasil, com motor 1.6 16v, que sua configuração standard, tinha potência de 106 cv. Porém, em sua versão top de linha EX, também podia vir com o famoso comando variável VTEC, que elevava essa potência para 127 cv, sempre abastecido com gasolina.


Nessa geração ganhou também a suspensão traseira independente, bem como a opção de duplo airbags frontais e freios ABS, também disponíveis para a versão mais cara do Civic. Já em 1999, sofreu um facelift, e ganhou opção de vir equipado com controle automático de velocidade e câmbio automático de 4 marchas (que tinha deixado de ser oferecido neste geração, até então).


honda civic g6

De 2000 para 2001, veio a sétima geração, com porta-malas maior, assoalho traseiro plano, suspensão um pouco menos rígida, e barra estabilizadora.


Disponível sempre na carroceria 4 portas, o Civic agora tinha motor 1.7, com ou sem ou VTEC (115 ou 130 cv de potência, respectivamente), passando por um facelift em 2004, para se manter em linha até 2006, quando foi substituído pela geração que, na opinião de muitos, foi a de maior sucesso do Honda.


honda civic g7

O Civic G8, ou New Civic, chegou "chutando a porta" em termos de design e esportividade, com um desenho totalmente novo de carroceria e painel de instrumentos, com disposição em dois andares (indicadores de nível de combustível, temperatura do líquido de arrefecimento e velocímetro digitais na parte superior, e conta-giros em destaque, na parte central inferior, acompanhado das luzes espia).


O motor agora passa a ser o 1.8 de 140 cv, incialmente à gasolina, passando a bicombustível em 2008, entregando 139 cv na gasolina e 140 no etanol. O câmbio automático agora passa a contar com 5 velocidades à frente, porém o porta-malas ficou bem menor, com 340 litros de capacidade (quase um hatch compacto).


Em 2009, mudou o desenho do pára-choque dianteiro, e passou a contar com controle de tração e estabilidade (VSA) na versão top de linha EXS, e em 2010, todas as versões passaram a vir com direção de assistência elétrica.

honda civic g8 new civic

Em 2012, já em sua nona geração de linhas mais conservadoras, manteve o painel de dois andares (que foi atualizado, ganhando uma pequena central multimídia de 5" conectada com a câmera de ré), o motor 1.8 (que ganhou o sistema FlexOne de partida à frio sem tanquinho em 2013) e chegou a ter até opção de câmbio manual de 6 marchas.


Também aumentou suas dimensões internas, ficando ainda mais espaçoso, assim como o seu porta-malas, que passou a ter, decentes, 449 litros de capacidade, sendo que em 2014 ganhou uma nova grade dianteira, e opção de motor 2.0 de 150/155 cv de potência, para não perder em desempenho para o seu arquirrival, Corolla, que também já vinha com opção de motor 2.0.


honda civic g9

2017 chegou, e com ele a décima geração do Civic, novamente numa proposta mais arrojada (Desde a sétima geração, a Honda veio alternando sua filosofia de design no Civic, até os dias atuais), melhorou em praticamente tudo, comparado com sua geração anterior.


Mais espaço interno, porta-malas (519 litros) e opção de um novo motor 1.5 turbo e câmbio automático do tipo CVT na versão top de linha Touring (este último também equipando todas as outras versões, exceto a de entrada Sport, com câmbio manual de 6 marchas).


Em 2020, mais um facelift, e agora passa a vir de série, em todas as versões, com 6 airbags, controle de tração e estabilidade, ar condicionado digital e rodas de liga leve de 17", atendendo à várias críticas da época.


honda civic g10

Mas não foi suficiente para reverter o seu baixo volume de vendas, o que obrigou a Honda a interromper a produção do Civic em 2021, só voltando o Brasil em 2023, já na sua décima primeira geração, porém agora, importado da Tailândia.


A proposta aqui é bem diferente, e o Civic passa a brigar em um patamar acima dos sedans médios que temos no nosso mercado hoje, uma vez que o seu preço parte dos R$ 265.900,00, conforme o site da montadora, cotado em 28/06/2024.


Equipado com um conjunto híbrido de propulsão, entrega um motor 2.0 gasolina de 143 cv de ciclo Atkinson, que se alterna com um motor elétrico de 184 cv para tracionar o Civic Advanced Hybrid, através do câmbio CVT de marcha única.


Mais tecnológico do que nunca, o Civic G11 tem sua carroceria fabricada com soldas à laser, e vem equipado com 8 airbags, sensor de pressão dos pneus, além do o pacote de segurança e assistentes batizado pela montadora de Honda Sensing, que engloba o controlador de velocidade adaptativo, controle de tração e estabilidade, assistentes de permanência em faixa e frenagem de emergência, e outros, já não é mais um concorrente direto do Toyota Corolla.


honda civic g11 advanced hybrid

Uma vez conhecendo a linha do tempo do Honda Civic no Brasil, agora sim, ficará bem mais fácil compreender melhor como foi a evolução dos seus propulsores ao longo dos anos, através do infográfico abaixo:

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honda civic motores infográfico

Mas diante de todo esse conhecimento técnico, como isso se aplica aos veículos Honda, em termos de confiabilidade e qualidade, mais especificamente falando do Civic?


Desde os anos 70, a montadora possui rígidos protocolos de qualidade para fabricação dos seus carros, que era necessário para fazer frente aos concorrentes alemães e americanos da época.


motor honda d16z6 vtec

E essa filosofia se mantém até os dias atuais, uma vez que precisa atender às demandas de um dos mercados mais exigentes, e no qual a Honda está fortemente presente: os EUA.


Para chegar nesse nível de excelência, a Honda realiza testes incessantes em seus veículos, para identificar e corrigir quaisquer falhas que possam surgir e, até finalmente serem aprovados para venda ao cliente.


Também, sempre teve como premissa, fabricar veículos duráveis e de fácil manutenção, que ofereçam soluções simples para problemas complexos de engenharia.


honda civic motor d17z2

A Honda também não se importa em pagar bem os seus fornecedores, em troca de receberem componentes de alta qualidade para utilizar em seus veículos.


Alguns exemplos de fornecedores de altíssimo padrão de qualidade:


  • G-KTB - componentes soldados e estampados de monobloco

  • Kongsberg - sistemas de acionamento de embreagem e freios (atuadores hidráulicos, servofreio e cilindros mestres), barras estabilizadoras, acoplamentos e outros componentes como juntas esféricas e terminais.

  • Pilkington - vidros

  • Sumitomo Rubber do Brasil (Dunlop) - pneus

  • Sumidenso - chicotes elétricos

  • Mann + Hummel (Mann Filter) - filtros


A partir de 2006, na linha de motores R18A1 do Civic G8, a Honda passou a aplicar corrente de sincronismo, garantindo uma maior durabilidade deste motor e dos que viram após ele, por dispensar a necessidade de troca preventiva desse componente.


Os tuchos são sempre mecânicos, que têm a contrapartida de exigirem um ajuste de folga de válvulas periódico, mas em compensação, são mais resistentes e menos suscetíveis à falhas, quando comparados aos similares hidráulicos.


honda civic r20z2
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Os motores mais antigos usavam blocos de alumínio com camisas em ferro fundido, para entregar menor peso e melhor troca térmica, ao mesmo tempo em que ofereciam maior resistência mecânica aos esforços dos pistões sobre as paredes dos cilindros.


Sendo assim, os motores Honda eram projetados para ter uma resistência muito acima dos esforços em que seriam submetidos, o que se prova pelo amplo conhecimento de que são motores amplamente utilizados em projetos de "tunagem" para competição, com ganhos expressivos de potência.


Os motores mais modernos já usam o bloco 100% em liga de alumínio, para melhor troca térmica e menor peso ainda, mas enrijecido para não perder em qualidade e até possibilitar uma eventual retífica, uma vez que vêm projetados com sobre-medida para tal.


honda civic r18a1

O comando variável VTEC permite um comportamento mais dócil em baixos giros, favorecendo a economia de combustível durante baixa exigência de carga, mas quando se deseja torque máximo, exige esticar bem as marchas (geralmente acima dos 4000 RPM).


As velas com eletrodos compostos por irídio (equipando os R18A1 em diante), permitem uma queima mais eficiente da mistura ar-combustível, por muito mais tempo, uma vez que desgastam menos, comparadas às convencionais.


honda civic l15b7

Os Civic geralmente são leves, comparados com outros concorrentes (Exceto o Corolla), o que exige menos do motor para manter velocidade, favorecendo sua vida útil.


Com todos essa qualidade técnica, fica claro porque o Honda Civic é sinônimo de confiabilidade e qualidade, oferecendo um bom desempenho combinado com uma longa vida útil.


É essa dedicação à excelência que faz do Civic uma escolha tão confiável para os motoristas brasileiros.



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