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Foto do escritorPaulo Silva

Chevrolet Monza | História e Curiosidades

chevrolet monza 1982

O Chevrolet Monza é um dos carros mais emblemáticos da história automotiva brasileira, marcando uma era com seu design, inovações e popularidade.


Sua trajetória no Brasil começou em março de 1982, quando foi lançado pela General Motors (GM), derivado do Opel Ascona de terceira geração, vendido na Europa.


Inicialmente era vendido apenas na carroceria hatch 3 portas e em duas versões de acabamento: SL e SL/E.


Em duas opções de motores, sendo um à gasolina, de 72 cv de potência; e outro, à alcool, de 73 cv; ambos GM família II, de 1.6 litros de deslocamento.


Em ambas opções, entregavam um desempenho aquém do esperado para o porte e peso de carroceria (1100 kg), ainda mais com o câmbio manual de apenas quatro marchas.


chevrolet monza hatch 1983

Mas a GM reagiu rápido ante essas críticas da imprensa especializada da época e, já nos modelos 1983, passou a oferecer um novo motor 1.8, também integrante da Família II.


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Produzindo agora 86 cv e movido somente a gasolina, esse novo propulsor melhorou substancialmente a performance do hatch, sendo que, alguns meses depois, em maio de 1983, chegaria a carroceria sedan de três volumes, então disponível somente com quatro portas (opção de duas portas, viria em setembro do mesmo ano).

chevrolet monza sedan quadrado 1985

Além disso, o câmbio de quatro marchas deu lugar a um de 5 velocidades, mais moderno e eficiente, permitindo uma marcha extra mais alongada, para melhorar o consumo de combustível em rodovias.


Agora sim, o Monza passou a ser um carro mais procurado no mercado, ainda mais na versão sedan 4 portas, que era mais harmônico visualmente, 10 cm de comprimento maior, sem falar na maior capacidade de porta-malas, comparado ao hatch.


O sucesso foi tanto que nos anos de 1984, 1985 e 1986, o Monza foi o carro mais vendido do Brasil, sendo um concorrente de peso para o Volkswagen Santana, e até mesmo para o seu primo maior, Opala, nas versões de entrada.


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Em 1984, voltou a opção de motor à álcool, só que 1.8, oferecendo uma performance superior da versão movida a gasolina, fazendo o Monza brilhar ainda mais no desempenho.


Outra novidade foi a opção do câmbio automático, de apenas 3 marchas, mas ainda suficiente para quem buscava um conforto a mais.


Em meados de 1985, passou por um leve facelift na dianteira, e em setembro daquele ano, chegou o esportivo Monza S/R, na carroceria hatch de duas portas, com rodas de liga-leve exclusivas aro 14 e pneus de perfil mais baixo.


chevrolet monza s/r

O câmbio de 5 marchas tinha relações mais curtas, e o motor era o mesmo 1.8 das versões comuns, mas agora com carburação de corpo duplo, entregando excelentes 106 cv de potência.


Já no final de 1986, chegava a linha Monza 1987, estreando o motor GM Família 2 2.0, de 110 cv de potência de 17,3 kgfm de torque, garantindo um desempenho ainda melhor.


Para aproveitar o desempenho extra desse novo 2.0, a caixa de câmbio manual de 5 marchas recebeu relações mais longas, deixando o Monza mais silencioso e suave em viagens.


Nova reestilização em 1988, deu ao Chevrolet nova grade, faróis, lanternas, para-choques, além de várias melhorias no interior, mas no geral, ainda foram relativamente sutis.


chevrolet monza 1988 frente

Ainda neste ano, saiu de linha a versão esportiva S/R, e foi lançado o sedan 500 EF (de Emerson Fittipaldi, em sua homenagem por ter vencido as 500 Milhas de Indianápolis),com motor 2.0 de injeção eletrônica multiponto de combustível, a mesma Bosch LE Jetronic que equipou o lendário VW Gol GTI.


Mas o curioso é que, o Monza 500 EF só começou a ser vendido de fato, em 1990, mais de um ano depois da sua apresentação, perdendo o posto de primeiro veículo com injeção eletrônica do Brasil para o Gol GTi, que estava disponível já em 1989.


Mas, a maior mudança da vida do Monza veio mesmo em 1991, com uma grande modelação visual, tanto interna quanto externa, ficando popularmente conhecido como "Monza tubarão", pela frente arredondada e grade inferior como se fosse uma boca.


chevrolet monza 1991 tubarão manual

Nessa época, os projeto da Chevrolet no Brasil eram muito focados na eficiência aerodinâmica, chegando a um Cx de 0,34, ante os 0,39 do modelo anterior.


Tudo foi revisto e refeito, como a grade dianteira, faróis, para-choques e lanternas, também capô, para-lamas, tampa traseira e até o vidro traseiro, eram inéditos.


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A placa traseira, por exemplo, desceu do meio das lanternas para o para-choque, dando um outro aspecto visual, juntamente com as lanternas maiores e mais arredondadas, totalmente novas.


O carro, ficou 14 cm de comprimento maior (passando de 4,36 m para 4,50 m), a frente ficou mais afilada e longa, e o porta-malas ficou mais alto, o que garantiu 55 litros a mais de capacidade (cresceu de 510 para 565 litros).


chevrolet monza 1992 barcelona tubarão

No entanto, a distância entre-eixos de 2,57 m ainda era a mesma (uma vez que a plataforma do Monza não mudou), o que deixou o Monza tubarão um tanto desproporcional, mas sem tirar o mérito de ter sido um carro que melhorou em quase tudo.


Agora sim, ganhou injeção eletrônica para toda a linha, exceto a versão de entrada com motor 1.8, que se manteve carburado por mais alguns meses.


O 2.0 injetado manteve os mesmos 110 cv de potência, mas perdeu um pouco de torque, devido ao sistema eletrônico que era o E.F.i. (monoponto), sendo que no ano seguinte, chegaria a injeção multiponto M.P.F.i., mas apenas para a versão topo de linha Classic SE equipada com motor 2.0, que passava a render bons 121 cv, maior potência que o Monza já teve.


chevrolet monza 4 portas 1993 classic se

Em 1993, com a chegada da primeira geração do Vectra no Brasil, a defasagem de projeto do Monza se tornou evidente, e seu declínio começou.


Em 1994, abandonou as velhas siglas SL e SL/E, que foram trocadas por GL (equipada com o motor 1.8 monoponto, ou 2.0) e GLS (2.0 multiponto), respectivamente.


As demais configurações mais caras, como Classic e Classic SE, também saíam de cena, uma vez que o seu preço já quase empatava com o Vectra de entrada, que era onde o Monza perdia ainda mais mercado para o primo mais novo.


E continuou dessa forma, até que em 21 de agosto de 1996, foi produzido o último Monza, depois de 14 anos em linha.


CURIOSIDADES


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1. Versão Brasileira...

O Monza foi vendido na Europa como Opel Ascona, mas pela possível associação do seu nome com a palavra asco (nojo), a GM resolveu batizar o modelo com o nome do famoso circuito italiano de Fórmula 1. Bem melhor!


2. A Ipanema que não tivemos

A Chevrolet cogitou uma versão perua do Monza, mas a ideia só foi executada no Kadett, que derivou para a perua Ipanema.


3. De ladinho

O Monza foi o segundo carro com conjunto mecânico disposto transversalmente no Brasil, sendo que o primeiro foi o Fiat 147.


chevrolet monza motor efi ohc 2.0

4. Em números

Por três anos seguidos, de 1984 a 1986, o Monza foi o carro mais vendido do Brasil, sendo que em agosto de 1985, alcançou a marca de 200 mil unidades produzidas, e com 14 anos de produção (1982-1996), o Monza totalizou 857.810 vendas no Brasil.


5. Stage 1 dos anos 80

Por uma questão de padronização da linha de produção, todos os Monza hatch, equipados com motor 1.8, de 1985 em diante, eram alimentados por esse mesmo carburador de corpo duplo da versão S/R. Só que, ao contrário da versão esportiva, em todos os outros, vinha um pequeno parafuso neste carburador, que bloqueava a abertura total do segundo corpo (ou estágio), o que limitava sua potência máxima nos 99 cv, para cumprir uma legislação tributária da época. Sabendo disso, todos os proprietários de Monza 1.8 após 1985 compravam o carro e já logo retiravam o tal parafuso, para ganhar os 7 cv extras de potência do motor.


6. Promessa de campanha

Dos 5.000 carros prometidos para a série especial 500 EF, apenas 1.700 foram oficialmente fabricados.


chevrolet monza 500ef traseira aerofólio

7. Amigo do meio ambiente

Diferentemente de outros modelos do início dos anos 1990, o Monza nunca precisou ser equipado com catalisador, em função da eficiência de seu cabeçote de fluxo cruzado e da injeção eletrônica de combustível, adotada em 1992.  


8. Fique longe das minhas fitas K7!

O sistema de alarme do Monza era acionado por um chaveiro magnético, através de um sensor no pára-brisas, numa época em que não era comum controles por rádio-frequência.

No entanto, qualquer pessoa com um imã, poderia desativar o alarme, o que rapidamente fez a Chevrolet retirá-lo dos seus carros.

chevrolet monza chaveiro magnético alarme gm

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